domingo, maio 28, 2006

VIVA JACQUES, O SIMPLES!!!!!!!!!

Para quem não lembra, oficialmente o dia 28 de maio é conhecido como o começo da Jacquerie, a revolução que levou camponeses franceses miseráveis a pegar em armas para defender-se de uma elite sanguessuga que os explorava até que mais nada sobrasse.

Ainda bem que este tempo vai longe...

sexta-feira, maio 26, 2006

BREGA PARA TODOS!!!! (1)

Qual não foi a minha surpresa quando meus diletos colegas de trabalho vieram me execrar devido ao meu comentário no escrito anterior, de autoria de Cajamar.... Chamando-me de sectarista, elitista, e não sei mais o quê. Encheram-me tanto que eis aqui minha resposta: para provar que respeito a cultura popular deste país (aham...) criei esta coluna dentro do Blog, onde farei uma análise dos poemas que compõem cada uma destas canções que ficaram conhecida por programas como o do Faustão e afins.... Começemos, pois:

PRINCESA - SÉCULOS DE ROMANTISMO NA VOZ DE AMADO BATISTA.

Creio que praticamente qualquer pessoa já ouviu esta música, e com certeza ficou durante algum tempo pensando em quem havia escrito esta... pérola. Mas poucos percebem e se emocionam com a capacidade que seu autor teve de compilar conceitos românticos de uma maneira única, de forma a criar um conceito forte e universal. Eis sua letra:

PRINCESA

Ao te ver pela primeira vez Eu tremi todo /Uma coisa tomou conta/Do meu coração
Percebam que o autor aqui demonstra as primeiras idéias românticas de qualquer escrito. O homem, levado pelo destino encontra o ser de seus sonhos, a realização da pessoa amada (afinal, podemos claramente perceber a comoção que o rapaz passa ao encontrá-la, num efeito quase Alencariano).

Com esse olhar meigo de menina/Me fez nascer no peito, esta paixão
Eis então que aparace a característica principal da heroína romântica: sua fragilidade, sua castidade e decoro, todos resumidos em apenas uma única frase

E agora não durmo direito/Pensando em você/Lembrando os seus olhos bonitos/Perdidos nos meus/
O herói então sofre pelo seu amor, por não poder contê-lo. A coita amorosa instala-se, junto com o laconismo típico do mal do século. Pobre rapaz...

Que vontade louca que eu tenho/De tê-la comigo/Calar sua boca bonita/Com um beijo meu
Percebam que o próprio homem confessa-se enlouquecendo, imaginando a relação com seu amor entre o lúdico e o profano. É uma dúvida, uma confusão que inclusive consta dos poemas de Camões.

Princesa, a deusa da minha poesia/Ternura da minha alegria/Nos meus sonhos quero te ver/
Eis o ponto alto que qualquer música ou poema: o refrão. E neste caso o autor capricha: começa com o endeusamento da amada, típico da primeira fase do romantismo brasileiro. Invoca-a, quase uma tágide, como a pedir forças pelo que há de vir...

Princesa, a musa dos meus pensamentos/Enfrento a chuva o mau tempo/Pra poder um pouco te ver.
E finalmente o rapaz introjeta o herói; mas não apenas um herói romântico como qualquer outro, porém a vanguarda do romantismo: o eu-lírico Trovadorista. Tal qual um cantar d`amor, ou ainda uma cantiga de gesta (seria do ciclo teutônico ou carolingio????), o herói invoca a si esta encarnação de um ideal maior para passar as provações que lhe são impostas e conseguir o seu intento, totalmente trovadoresco (e sem conotação sexual): o de ver a amada. É quase um Dom Diniz....

Uma obra única, sem dúvida. E semana que vem teremos: A Releitura Ultramoderna de Lucíola por Odaír José na obra "Eu Vou Tirar Você Deste Lugar".


PS: É, eu sei... sei mesmo... ô raça....

quinta-feira, maio 25, 2006

AVISO AOS LEITORES

Solicitamos a todos os usuários que façam comentários referentes a uma determinada postagem na própria postagem. Infelizmente não conseguiremos entender todos os comentários de forma a colocá-los em seus devidos posts.


Falamos com você, Junir.

quarta-feira, maio 24, 2006

... é mera coincidência! (1)

Ele cambaleia, tonto. Só acordará ao sair de casa, o vento gelado batendo-lhe nas faces. Toma um banho, se arruma. Toma o café “negro como a noite e quente como o inferno”, junto com um pão-com-manteiga. Pede à mãe mais uma canoa. “humpf!” é a resposta.

Olha para o relógio e quase cospe o café. “Merda!” pensa consigo mesmo – “Perdi a hora de novo. Bosta...”. Levanta-se apressado; o beijo a mãe pega no ar, murmurando ao mesmo um “vai com Deus!”. No ponto a massa se aglomera. Passa um ônibus que mal fecha as portas. Ainda assim alguns forçam a subida. Resolve esperar outro.

O próximo passa tão lotado que têm gente na porta. “Será que eu tomei a vacina de febre aftosa?” – pensa cínico. Afinal, é o que alguém no departamento de transportes acha que somos. Gado, pura e simplesmente. Finalmente pega o terceiro ônibus, “atrapalhando” junto da catraca. Melhor que um coitado que sem ter onde ficar esperou no corredor e quase foi acusado de assédio quando uma senhora rotunda não conseguiu passar. Descendo no ponto final, ele se apressa em entrar no trem. Resolve pegar em sentido contrário, para poder ir sentado. Consegue, não sem dificuldades o lugar que merecia. Duas estações (e uma centena de pessoas) depois, uma senhora de bengala se aproxima de seu lugar. Ele olha para os assentos reservados. Todos fingem estar dormindo! Praguejando baixinho cede o lugar, e descobre que por mais que parecesse impossível entra mais gente no trem.

Começa a imaginar como uma sardinha se sente. Ou se sentiria; afinal estão mortas, há para elas ainda o sustentáculo do amor-próprio. Já para nós... Bem somos como sardinhas “Coqueiro, por favor! Se sou uma sardinha pelo menos sou uma de marca” – lembra-se de ouvir um amigo dizer. “Maldito!” – diz baixinho, com um sorriso no rosto, e imediatamente três homens próximos olham para ele, de cara fechada. Ele baixa os olhos envergonhados.

Finalmente chega, três estações depois. Ao pôr o pé pra fora, pisa em algo que algum bêbado deixou; nem pragueja, afinal ainda há chances de chegar no horário. Correndo, quase sendo atropelado, ele miraculosamente bate o ponto um minuto antes. Na sua baia espera seu chefe, de cara fechada, a baia parecendo mesmo o que o nome supõe, especialmente com aquele ser bovino ali. “Ah!, bom o senhor ter chegado!” – diz com a cara mais cínica, como se ele estivesse atrasado. “Vem comigo, que tem umas demandas pra você me entregar até as dez!”.

Ele suspira e o acompanha. Vai ser um longo dia...

segunda-feira, maio 22, 2006

Primeiras Injúrias

Ééééé... aconteceu, por fim. A caixa de Pandora foi aberta e agora ninguém segura este país...
E aqui estamos, eu e Cajaman dispostos estratégicamente para mostrar, da forma mais nua e crua, todos os pontos, podres, situações enfim que nos fazem dizer: ÔH RAÇA!!!!
Bem vindos e que soltem os leões!

ÔH RAÇA: trabalhando nas horas livres pelo lado negro da força....